Sacramentos


Batismo

O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor; ele é necessário para a salvação, como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz. O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que inclui: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o renascimento para uma vida nova, pela qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo. Por esse fato, o batizado é incorporado na Igreja, corpo de Cristo, e tornado participante do sacerdócio de Cristo.O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, o caráter; que consagra o batizado para o culto da religião cristã. Por causa do caráter; o Batismo não pode ser repetido.

Eucaristia

A Eucaristia é o coração e o cume da vida da Igreja, porque nela Cristo associa a sua Igreja e todos os seus membros ao seu sacrifício de louvor e de ação de graças, oferecido ao Pai uma vez por todas na cruz; por este sacrifício, Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja. A celebração eucarística inclui sempre: a proclamação da Palavra de Deus, a ação de graças a Deus Pai por todos os seus benefícios, sobretudo pelo dom do seu Filho, a consagração do pão e do vinho e a participação no banquete litúrgico pela recepção do corpo e do sangue do Senhor Estes elementos constituem um só e mesmo ato de culto. É o próprio Cristo, sumo e eterno sacerdote da Nova Aliança, que, agindo pelo ministério dos sacerdotes, oferece o sacrifício eucarístico. E é ainda o mesmo Cristo, realmente presente sob as espécies do pão e do vinho, que é a oferenda do sacrifício eucarístico. Só os sacerdotes validamente ordenados podem presidir à Eucaristia e consagrar o pão e o vinho, para que se tornem o corpo e o sangue do Senhor. Os sinais essenciais do sacramento eucarístico são o pão de trigo e o vinho da videira, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e o sacerdote pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus durante a última ceia: Isto é o meu corpo, que será entregue por vós... Este é o cálice do meu sangue... Pela consagração, opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, o próprio Cristo, vivo e glorioso, está presente de modo verdadeiro, real e substancial, com o seu corpo e o seu sangue, com a sua alma e a sua divindade. Aquele que quiser receber Cristo na Comunhão eucarística deve encontrar-se em estado de graça. Se alguém tiver consciência de ter pecado mortalmente, não deve aproximar-se da Eucaristia sem primeiro ter recebido a absolvição no sacramento da Penitência. Tendo passado deste mundo para o Pai, Cristo deixou-nos na Eucaristia o penhor da glória junto d'Ele: a participação no santo sacrifício identifica-nos com o seu coração, sustenta as nossas forças ao longo da peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna e desde já nos une à Igreja do céu, à Santíssima Virgem e a todos os santos.

Confirmação ou Crisma

A Confirmação completa a graça batismal; ela é o sacramento que dá o Espírito Santo, para nos enraizar mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais solidamente em Cristo, tornar mais firme o laço que nos prende à Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada de obras. A Confirmação, tal como o Batismo, imprime na alma do cristão um sinal espiritual ou caráter indelével; é por isso que só se pode receber este sacramento uma vez na vida. O candidato à Confirmação, que atingiu a idade da razão (14anos), deve professar a fé, estar em estado de graça, ter a intenção de receber o sacramento e estar preparado para assumir o seu papel de discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nos assuntos temporais. O rito essencial da Confirmação é a unção com o santo crisma na fronte do batizado, com a imposição da mão do ministro e as palavras: Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus.

Matrimônio

O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. Confere aos esposos a graça de se amarem com o amor com que Cristo amou a sua Igreja; a graça do sacramento aperfeiçoa assim o amor humano dos esposos, dá firmeza à sua unidade indissolúvel e santifica-os no caminho da vida eterna. Uma vez que o Matrimônio estabelece os cônjuges num estado público de vida na Igreja, é conveniente que a sua celebração seja pública, integrada numa celebração litúrgica, perante o sacerdote (ou testemunha qualificada da Igreja), as testemunhas e a assembléia dos fiéis. A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimônio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu dom mais excelente. O novo casamento dos divorciados, em vida do cônjuge legítimo, é contrário ao desígnio e à Lei de Deus ensinada por Cristo. Eles não ficam separados da Igreja, mas não têm acesso à comunhão eucarística. Viverão a sua vida cristã, sobretudo educando os filhos na fé. O que você precisa saber:
O matrimônio é, para nós da Igreja Católica Apostólica Romana, um Sacramento. Como tal é União estabelecida por Deus, que nada pode separar. Neste sentido, um casal só pode querer este Sacramento de livre e espontânea vontade, por amor verdadeiro e no desejo de constituir uma familia cristã aberta para o dom de futuros filhos. Sem estas disposições ninguém deve se apresentar para pedir o casamento religioso.
A celebração do casamento é um ato de fé e não uma festa social. Como ato de fé deve ser praticado em espírito de oração e recolhimento. Em um casamento religioso a pompa e o luxo só desvirtuam o que está sendo celebrado. Quanto maior a sobriedade, maior a beleza da celebração.
Documentação necessária:
- Certidão de batismo atualizada para casamento: validade seis meses de atualização (se batizado);
- Comprovante de catequese de noivos;
- Comprovante de endereço (conta de telefone) – cópia
- Copia do RG;
- Menores de 21 anos deverão trazer os pais para assinar
Obs 1: Ao agendar o casamento exige-se 50% do valor da taxa.
Obs 2.: O prazo de entrega desta documentação é de 90 dias no máximo e no mínimo 60 dias.
DECORAÇÃO: DEIXE ESPAÇO PARA COMPLETAR POR FAVOR

Orientações para Celebração do Sacramento do Matrimônio

Prezados Noivos

É com grande alegria que acolhemos seu desejo de realizar em nossa igreja a celebração do seu casamento. É pelo Sacramento do Matrimônio que o homem e a mulher consagram a Deus o amor mútuo e tornam-se um para o outro instrumento e sinal da graça de Deus.
Foi no próprio seio do paraíso terrestre que Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só; eu vou dar-lhe uma auxiliar que lhe seja semelhante". (Gn 2, 18). E Deus tirou a mulher do lado de Adão: De uma carne fez dois seres.
Esse sacramento foi instituído pelo próprio Deus no início da criação quando deu a Adão uma companheira - Eva - para que vivessem juntos, numa só carne, em amor fiel e indissolúvel.

Jesus Cristo ratificou o preceito de Deus e estabeleceu uma união santa e indissolúvel entre um homem e uma mulher e lhes dá a graça de se amarem, procriarem e educarem seus filhos:

"cada homem tenha sua mulher e cada mulher seu marido. Que o marido cumpra seu dever em relação a mulher e igualmente a mulher em relação ao marido. A mulher não dispõe de seu corpo, mas sim o marido. Igualmente o marido não dispõe de seu corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro...”
(1Cor 7, 2-5).

Portanto é importante e espera-se que os casais ao procurarem uma Igreja para receberem a benção sacramental do matrimônio tenham uma consciência mínima da importância que é o Sacramento do Matrimônio para a Igreja e para a sociedade. Também é importante que não se preocupem tanto com a pompa e outros procedimentos que nada acrescentam ao casamento cristão.

Ordem

A Igreja é, na sua totalidade, um povo sacerdotal. Graças ao Batismo, todos os fiéis participam no sacerdócio de Cristo. Esta participação chama-se «sacerdócio comum dos fiéis». Na base deste sacerdócio e ao seu serviço, existe outra participação na missão de Cristo: a do ministério conferido pelo sacramento da Ordem, cuja missão é servir em nome e na pessoa de Cristo-Cabeça no meio da comunidade. O sacerdócio ministerial difere essencialmente do sacerdócio comum dos fiéis, porque confere um poder sagrado para o serviço dos mesmos fiéis. Os ministros ordenados exercem o seu serviço junto do povo de Deus pelo ensino, pelo culto divino e pelo governo pastoral. Desde as origens, o ministério ordenado foi conferido e exercido em três graus: o dos bispos, o dos presbíteros e o dos diáconos. Os ministérios conferidos pela ordenação são insubstituíveis na estrutura orgânica da Igreja: sem bispo, presbíteros e diáconos, não pode falar-se de Igreja. O bispo recebe a plenitude do sacramento da Ordem que o insere no colégio episcopal e faz dele o chefe visível da Igreja particular que lhe é confiada. Os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos e membros do Colégio têm parte na responsabilidade apostólica e na missão de toda a Igreja, sob a autoridade do Papa, sucessor de São Pedro. Os presbíteros estão unidos aos bispos na dignidade sacerdotal e, ao mesmo tempo, dependem deles no exercício das suas funções pastorais. Os presbíteros recebem do bispo o encargo de uma comunidade paroquial ou de uma função eclesial determinada. Os diáconos são ministros ordenados para as tarefas de serviço da Igreja; não recebem o sacerdócio ministerial, mas a ordenação confere-lhes funções importantes no ministério da Palavra, culto divino, governo pastoral e serviço da caridade, encargos que eles devem desempenhar sob a autoridade pastoral do seu bispo. A ordenação imprime um caráter sacramental indelével. A Igreja confere o sacramento da Ordem somente a homens (viris) batizados, cujas aptidões para o exercício do ministério tenham sido devidamente reconhecidas.

Penitência - Confissão

O perdão dos pecados cometidos depois do Batismo é concedido por meio dum sacramento próprio, chamado sacramento da Conversão, da Confissão, da Penitência ou da Reconciliação. Quem peca, ofende a honra de Deus e o seu amor, a sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus, e o bem-estar espiritual da Igreja, da qual cada fiel deve ser pedra viva. O sacramento da Penitência é constituído pelo conjunto de três atos realizados pelo penitente e pela absolvição do sacerdote. Os atos do penitente são: o arrependimento, a confissão ou manifestação dos pecados ao sacerdote e o propósito de cumprir a reparação e as obras de reparação. Aquele que quer obter a reconciliação com Deus e com a Igreja deve confessar ao sacerdote todos os pecados graves que ainda não tiver confessado e de que se lembre depois de ter examinado cuidadosamente a sua consciência. A confissão das faltas veniais, sem ser em si necessária é, todavia vivamente recomendada pela Igreja. Só os sacerdotes que receberam da autoridade da Igreja a faculdade de absolver; podem perdoar os pecados em nome de Cristo.

Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são:

– a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recupera a graça;

–  a reconciliação com a Igreja;

–  a remissão da pena eterna, em que incorreu pelos pecados mortais;

–  a remissão, ao menos em parte, das penas temporais, conseqüência do pecado;

–  a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual;

– o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão.

Unção dos enfermos

A unção dos enfermos é um rito cristão dedicado aos enfermos, realizado com óleo.

Também chamada de último sacramento ou Santa Unção é um dos sete sacramentos do catolicismo, normalmente o último que se recebe em vida. Normalmente, administra-se este sacramento aos enfermos e àqueles que estejam em risco de morte. Este sacramento era conhecido como extrema unção, pois era administrado in articulo mortis (a ponto de morrer).

Diz o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica [1] que "A compaixão de Jesus pelos doentes e as numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Com a sua paixão e morte, Ele dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se unido ao seu, pode ser meio de purificação e de salvação para nós e para os outros." (n. 314) e "A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pô-la em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de intercessão. Ela possui sobretudo um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e orem por ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15)." (n. 315).

Assim o refere o Catecismo da Igreja Católica:

1514. - A Unção dos Enfermos "não é sacramento só dos que estão no fim da vida. É certamente tempo oportuno para a receber quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte"(SC 73).